Reunião da OTAN trata de gastos com defesa e apoio à Ucrânia

Bruxelas, Bélgica, 14 de fevereiro de 2025 – Agência de Notícias da OTAN – Iniciou-se em Bruxelas, na Bélgica, a reunião dos ministros de defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), com o aumento de gastos com defesa e o apoio à Ucrânia como pontos centrais da agenda.

O encontro, que acontece na sede da OTAN, marca a primeira participação do Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, desde que assumiu o cargo. Antes da reunião, Hegseth comentou sobre a necessidade de os países membros da OTAN aumentarem seus investimentos em defesa em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), sugerindo que os 2% atualmente estabelecidos não são suficientes para enfrentar as ameaças do futuro.

“Ao longo do tempo, nosso presidente afirmou que 2% não são suficientes. E estamos argumentando que até 5% é o investimento necessário para os países da OTAN garantirem que poderemos enfrentar as ameaças futuras”, declarou Hegseth.

O Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte, também reforçou a urgência de aumentar os gastos militares. “Precisamos aumentar os gastos com defesa, pois sabemos que não seremos capazes de nos proteger daqui a quatro ou cinco anos se não fizermos isso agora”, afirmou Rutte. Ele ainda acrescentou que os Estados Unidos têm pressionado por uma maior contribuição dos países europeus e canadenses para a defesa da Aliança.

Além disso, a reunião ocorre em um contexto de tensão crescente devido à guerra na Ucrânia. O presidente dos EUA, Donald Trump, expressou preocupação sobre o fato de países europeus dependerem em excesso da segurança fornecida pelos Estados Unidos. Trump também mencionou que, recentemente, teve uma conversa telefônica com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, reforçando os esforços diplomáticos para tentar alcançar um cessar-fogo no conflito.

Em paralelo, o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, se reuniu com o presidente ucraniano em Kiev para discutir formas de fortalecer o apoio internacional à Ucrânia.

O aumento da tensão na Europa e a necessidade de um maior compromisso financeiro dos membros da OTAN tornam essa reunião ainda mais crucial para definir os rumos da aliança nos próximos anos.