Gaza, Palestina – 11 de fevereiro de 2025 (Japan Standard Time) – Agência de Notícias Al Jazeera – O grupo terrorista Hamas anunciou nesta segunda-feira (10) que suspenderá a libertação de reféns prevista para o próximo sábado (15) até novo aviso. A decisão, divulgada pelo grupo em sua conta no Telegram, foi justificada como resposta a supostas violações de Israel no acordo de cessar-fogo em vigor. Segundo o Hamas, as forças israelenses atrasaram o retorno de deslocados ao norte da Faixa de Gaza e bloquearam a entrada de suprimentos essenciais (armas e munições) na região.
Diante do anúncio, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reuniu-se com altos comandantes de segurança e antecipou a reunião do gabinete para esta terça-feira (11) às 11h, horário local.
Um oficial israelense declarou que não vê a declaração do Hamas como uma tentativa de sabotar o acordo. Outro integrante do governo negou as acusações, alegando que o grupo busca reabrir as negociações para uma segunda fase do cessar-fogo.
O Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos pediu intervenção imediata dos países mediadores para garantir a continuação do acordo e a libertação dos 76 israelenses ainda em cativeiro.
O Hamas reforçou que Israel descumpriu os termos ao atacar deslocados palestinos e impedir a chegada de ajuda humanitária. O grupo afirmou que só retomará a libertação dos prisioneiros caso Israel cumpra retroativamente os compromissos acordados.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, classificou o anúncio como uma “violação completa” do acordo e colocou as Forças de Defesa de Israel (IDF) em estado de alerta máximo para qualquer possível escalada no conflito. “Não permitiremos um retorno à realidade de 7 de outubro”, declarou.
A suspensão da troca de reféns ocorre em meio a polêmicas declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a Faixa de Gaza. Ele afirmou que a região será “desocupada” e que os palestinos não terão direito de retorno ao território após a operação militar israelense. As falas geraram reações de líderes internacionais, que condenaram a posição de Trump sobre o futuro dos palestinos.
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