Zuckerberg critica censura e tribunais secretos na América Latina

São Paulo, SP, Brasil – 8 de janeiro de 2025 – O Antagonista – Mark Zuckerberg, presidente da Meta, fez duras críticas à censura em países da América Latina, sugerindo que o continente enfrenta um cenário perigoso para a liberdade de expressão. Durante uma recente declaração, Zuckerberg apontou que muitos países latino-americanos têm tribunais secretos que podem ordenar a remoção de conteúdo sem qualquer transparência.

Em um contexto delicado, em que o Brasil tem enfrentado intensas discussões sobre liberdade de expressão e a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), o executivo da Meta destacou que, mesmo sem mencionar diretamente o Brasil, a crítica foi clara. “Os países da América Latina têm tribunais secretos que podem ordenar a remoção de conteúdo de forma silenciosa”, afirmou Zuckerberg, se referindo à crescente pressão sobre plataformas de redes sociais em todo o mundo.

Zuckerberg também ressaltou os riscos dessa falta de transparência e como isso pode impactar negativamente o direito de os cidadãos se expressarem livremente na internet. Ele questionou o poder que alguns órgãos têm para decidir sobre o que pode ou não ser publicado nas redes sociais, sem que o processo seja publicamente debatido ou justificado.

O comentário de Zuckerberg ocorre em meio a um cenário global de aumento das tensões sobre o controle da informação nas redes sociais. No Brasil, as plataformas têm sido alvo de críticas e investigações sobre a moderação de conteúdo, especialmente após decisões judiciais do STF que obrigaram a remoção de posts considerados prejudiciais à ordem pública ou à democracia.

O presidente da Meta também lembrou a importância das redes sociais como ferramentas de comunicação e discussão, alertando sobre o impacto da censura na integridade do debate democrático. “Temos que garantir que os cidadãos possam expressar suas opiniões sem medo de repressão ou de terem suas vozes silenciadas de forma arbitrária”, afirmou Zuckerberg.

Com o aumento da vigilância digital e das regulamentações que buscam controlar o conteúdo online, as palavras de Zuckerberg refletem uma preocupação crescente sobre os limites da censura e a proteção da liberdade de expressão, valores fundamentais nas democracias modernas.