Damasco, Síria, 9 de janeiro de 2025 (Reuters) – Um mês após o colapso do regime do presidente Bashar al-Assad, a reconciliação nacional na Síria continua incerta. O autocrático governo da família Assad, que durou mais de 50 anos, chegou ao fim no dia 8 de dezembro.
O governo interino da Síria, que assumiu o controle do país após a queda de Assad, havia planejado realizar uma conferência de diálogo nacional no início deste mês, reunindo representantes de diversos grupos étnicos e religiosos para discutir o futuro do país. No entanto, o ministro das Relações Exteriores do governo interino, Asaad Hassan al-Shibani, sugeriu que o encontro seria adiado. Durante uma visita à Jordânia na terça-feira (7), ele não explicou os motivos para o adiamento, mas afirmou estar disposto a convocar a conferência, a qual classificou como a “pedra fundamental do futuro da Síria”.
O governo interino é liderado pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), considerado uma organização terrorista pelas Nações Unidas e outros organismos internacionais. O HTS, junto com outros grupos armados, é esperado para anunciar sua dissolução durante a conferência de diálogo, em um esforço para unir a nação síria e reconstruí-la.
A comunidade internacional tem pressionado a Síria a promover a reconstrução do país por meio de um processo inclusivo que una todas as partes, incluindo as minorias. No entanto, o cenário de estabilidade ainda parece distante, com confrontos armados contínuos entre forças curdas e grupos apoiados pela Turquia no norte da Síria.
Na parte central do país, mais de 950 pessoas, incluindo soldados do antigo governo de Assad, foram detidas nos últimos dias, em meio a uma onda de repressão. Esses eventos indicam que, apesar do fim do regime de Assad, a Síria ainda enfrenta um caminho desafiador em sua busca por estabilidade e unidade nacional.
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