Banda Aceh, Aceh, Indonésia, 31 de janeiro de 2025 – Agência Antara – Um barco de madeira com mais de 70 rohingyas a bordo desembarcou na costa leste da província de Aceh, na Indonésia, na tarde desta quarta-feira (29). Este é o mais recente de uma série de desembarques de refugiados da minoria muçulmana perseguida em Mianmar, levantando suspeitas de que redes de tráfico humano estejam por trás do aumento das chegadas.
De acordo com a polícia local, um dos refugiados relatou que o barco partiu de Cox’s Bazar, em Bangladesh, com o objetivo de chegar à Malásia. No entanto, as condições precárias da embarcação e a falta de recursos os levaram a desembarcar na Indonésia.
Riza Lihadi, chefe de uma vila na região, afirmou que os rohingyas serão levados para um abrigo temporário. “Eles serão atendidos pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e pela Organização Internacional para as Migrações (OIM)”, explicou.
Há três semanas, dois barcos com 264 rohingyas já haviam sido encontrados na mesma província. Desde novembro de 2023, mais de 2.400 refugiados da etnia rohingya desembarcaram nas províncias de Aceh e Sumatra do Norte, segundo relatório do ACNUR publicado em novembro passado.
As autoridades indonésias suspeitam que redes de tráfico humano estejam explorando a vulnerabilidade dos rohingyas, que fogem da perseguição em Mianmar e das condições precárias nos campos de refugiados em Bangladesh. A Indonésia, que não é signatária da Convenção das Nações Unidas sobre Refugiados, tem fornecido abrigo temporário, mas enfrenta desafios para lidar com o fluxo crescente.
Enquanto isso, organizações internacionais pedem ações coordenadas para combater o tráfico humano e garantir a proteção dos refugiados. A crise dos rohingyas continua a ser uma das mais graves do mundo, com milhares arriscando suas vidas em jornadas perigosas em busca de segurança e dignidade.
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