Jacarta, Indonésia, 17 de janeiro de 2025, NHK – Um especialista do Sudeste Asiático alertou sobre as incertezas que a nova administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode trazer à diplomacia e economia da região. Trump, que assume o cargo nesta segunda-feira (20), já anunciou planos de revisar os desequilíbrios comerciais sob sua política “América Primeiro”.
Tang Siew Mun, pesquisador sênior do ISEAS-Yusof Ishak Institute, prevê que o aumento de tarifas dos EUA sobre produtos da China pode levar empresas chinesas a aumentarem investimentos no Sudeste Asiático. No entanto, ele alerta que países com déficit comercial com os EUA, como Vietnã, Tailândia e Malásia, podem se tornar alvos de medidas econômicas.
“Os Estados do Sudeste Asiático precisam ser muito cautelosos com esforços para contornar sanções dos EUA, o que pode nos colocar na mira americana”, afirmou Tang, destacando o risco de sanções.
Na área diplomática, Tang acredita que Trump manterá uma postura dura contra a China, incluindo apoio militar contínuo às Filipinas, que têm disputas territoriais no Mar do Sul da China.
Ele ressaltou a importância da autossuficiência para os países da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático). “Não devemos depender demais de uma única potência, seja os Estados Unidos, a China, o Japão ou a União Europeia”, disse.
Tang sugeriu que os países da região priorizem a diversificação de parcerias e reforcem sua autossuficiência dentro do bloco regional. “Precisamos trabalhar com mais parceiros e diversificar nossas relações.”
A abordagem de Trump representa uma nova dinâmica para o Sudeste Asiático, exigindo equilíbrio entre autossuficiência e alianças estratégicas.
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