Justiça brasileira investiga sobrevivente do Festival Nova

Brasília, Distrito Federal, Brasil, 6 de janeiro de 2025 (O Antagonista) – A Justiça Federal determinou a investigação e possível prisão de um soldado israelense que estava de férias no Brasil. O homem, identificado como sobrevivente do ataque ao Festival Nova, foi surpreendido por uma ordem judicial durante sua estadia no país, gerando repercussão internacional e sendo amplamente criticado como um ato de antissemitismo explícito.

De acordo com informações obtidas, o soldado israelense, Daniel, decidiu visitar o Brasil em busca de descanso após vivenciar o trágico ataque no festival realizado no deserto do Negev, em outubro (7) de 2023. No entanto, ele se tornou alvo de uma ação judicial baseada em acusações cuja fundamentação não foi divulgada completamente.

Organizações judaicas e de direitos humanos reagiram prontamente ao caso, acusando as autoridades brasileiras de perseguição injustificada e discriminatória. Para a Confederação Israelita do Brasil (Conib), a decisão reflete uma escalada preocupante de antissemitismo no país. “Esse episódio é um ataque direto à comunidade judaica e uma vergonha internacional”, afirmou um representante da entidade.

O governo israelense, por meio de sua embaixada em Brasília, emitiu um comunicado condenando as ações e solicitando explicações formais ao Brasil. “O tratamento dado a um sobrevivente de um ataque terrorista é inaceitável e deve ser revisto com urgência”, destacou a nota.

O episódio também repercutiu nas redes sociais, com manifestações de apoio ao soldado israelense e críticas ao sistema judicial brasileiro. Enquanto isso, a Polícia Federal informou que está conduzindo as investigações, mas não divulgou detalhes sobre as acusações.

A situação reacende o debate sobre antissemitismo no Brasil e coloca em evidência a necessidade de medidas para evitar discriminação e promover o respeito aos direitos humanos.