Cabul, Afeganistão, 6 de dezembro de 2024 (Agência de Notícias do Afeganistão) – O Talibã proibiu mulheres de frequentarem instituições de treinamento médico no Afeganistão, segundo um relatório da mídia local. A medida foi tomada após uma reunião na segunda-feira (4), onde o Ministério da Saúde Pública do governo interino instruiu os responsáveis pelas instituições educacionais médicas a impedir a participação de estudantes do sexo feminino nos cursos de formação.
A decisão foi anunciada pelo líder do Talibã, Hibatullah Akhundzada, mas não foram divulgados os motivos específicos para a proibição. Desde terça-feira (5), as estudantes não têm conseguido acessar as instalações educacionais.
O Talibã assumiu o poder no Afeganistão em 2021 e, desde então, impôs uma série de restrições à educação feminina, incluindo a proibição do ensino secundário para meninas. No entanto, a educação em áreas de saúde, como medicina e enfermagem, era uma exceção, permitindo que mulheres se formassem como profissionais de saúde, principalmente para tratar outras mulheres.
A decisão gerou forte condenação internacional. Catherine Russell, Diretora Executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), se manifestou na quarta-feira (5), afirmando que o Afeganistão já enfrenta uma grave escassez de trabalhadores de saúde treinados, especialmente mulheres. “Vidas serão perdidas”, alertou ela, pedindo ao Talibã que permita que as mulheres continuem seus estudos na área médica.
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