Tóquio, Japão, 26 de dezembro de 2024 (NHK) – Membros do Nihon Hidankyo, organização japonesa de sobreviventes das bombas atômicas (hibakusha), expressaram seu desejo de engajar as novas gerações na luta pelo banimento das armas nucleares durante uma entrevista coletiva realizada na capital nesta terça-feira (24).
O evento marcou o retorno do grupo ao Japão após receberem o Prêmio Nobel da Paz na cerimônia realizada em Oslo, Noruega, no dia 10 de dezembro. O co-presidente do Nihon Hidankyo, Tanaka Terumi, revelou que o comitê norueguês adiantou a premiação em um ano, com o objetivo de amplificar o impacto de suas atividades no ano seguinte, quando se completam 80 anos dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki.
Tanaka enfatizou a importância de usar este marco histórico como uma oportunidade para fortalecer as ações da organização e convocou a juventude a se unir a esta causa. Ele destacou que o comitê do Nobel acredita que o futuro da luta antinuclear depende das gerações mais jovens, para reforçar e nunca romper o “tabu nuclear”.
Durante seu discurso na premiação, Tanaka mencionou duas vezes a falha do governo japonês em compensar as vítimas dos bombardeios atômicos. Ele explicou que, em uma sociedade democrática, deve haver uma relação de igualdade entre o governo e o povo, condenando a imposição de sacrifícios de guerra sem reparação.
Tanaka alertou que erros semelhantes ao do passado japonês estão se repetindo globalmente e pediu união internacional para prevenir novos conflitos. “A mensagem é clara: precisamos que as próximas gerações não apenas preservem, mas expandam o movimento pela paz”, finalizou.
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