Seul, Coreia do Sul, 14 de dezembro de 2024 (Agência Yonhap) — O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, enfrenta neste sábado (14) uma segunda votação de impeachment no Parlamento. A moção, apresentada pela oposição, acusa o líder de mergulhar o país no caos após a controversa declaração de lei marcial no dia 3 de dezembro.
A primeira tentativa de impeachment, realizada uma semana atrás, foi boicotada por membros do partido governista People Power. No entanto, o novo esforço exige apoio de dois terços da Assembleia Nacional, incluindo pelo menos oito deputados do partido de Yoon. Até a noite de sexta-feira (13), sete legisladores indicaram que votarão contra o presidente.
A declaração de lei marcial, rapidamente anulada pelo Parlamento, gerou intensas críticas e levou Yoon a ser alvo de uma investigação criminal. Durante um discurso à nação na quinta-feira (12), o presidente defendeu sua decisão, afirmando que não teve escolha diante da “paralisação da política nacional” causada pela oposição. Ele também prometeu resistir tanto à investigação quanto ao processo de impeachment.
Enquanto isso, a insatisfação popular continua a crescer. Manifestações tomam as ruas próximas ao Parlamento, refletindo o descontentamento da sociedade com a crise política.
As autoridades também avançam em investigações internas. O comissário-geral da Agência Nacional de Polícia, Cho Ji-ho, e o chefe da Polícia Metropolitana de Seul foram presos por suspeita de cumplicidade na implementação da lei marcial. Durante interrogatórios, Cho revelou que recebeu ordens diretas de Yoon para deter membros da Assembleia Nacional.
O resultado da votação deste sábado pode definir o futuro político de Yoon Suk-yeol e trazer novos rumos para a instabilidade na Coreia do Sul.
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