Damasco, Síria, 17 de dezembro de 2024 (Associated Press) – A comunidade internacional está aumentando seu envolvimento na Síria em meio às mudanças no cenário político do país. No domingo (15), o enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, esteve em Damasco para se reunir com Abu Mohammed al-Golani, líder do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que atualmente lidera o governo interino sírio.
O HTS, classificado como organização terrorista pelas Nações Unidas, destacou na reunião a necessidade de uma cooperação rápida e eficaz para abordar as questões humanitárias e de governança na Síria. A visita de Pedersen representa uma tentativa da ONU de mediar um ambiente político instável, mesmo após a queda do regime de Bashar al-Assad.
Enquanto isso, Israel parece estar usando o vácuo político na Síria para fortalecer seu controle sobre as Colinas de Golã, território ocupado desde 1967. No domingo (15), o governo israelense anunciou planos para dobrar a população da região. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou: “Não temos interesse em conflito com a Síria”, mas ressaltou que a política israelense será ajustada à realidade local.
As forças militares israelenses continuam a realizar ataques aéreos na Síria, com o objetivo de impedir que armas pertencentes ao antigo regime de Assad cheguem a grupos hostis. Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, já foram registrados 453 ataques aéreos israelenses desde a queda do regime.
A decisão de Israel de expandir sua presença nas Colinas de Golã gerou condenações de países como Arábia Saudita e Catar, que acusaram o governo israelense de explorar a instabilidade síria para reforçar sua ocupação do território.
Enquanto isso, o futuro da Síria segue incerto, com múltiplos atores internacionais tentando influenciar o destino do país devastado por mais de uma década de conflito.
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