Tóquio, Japão – 17 de dezembro de 2024 (Japan Standard Time), Agência de Notícias NHK – Três mulheres cambojanas que trabalharam como estagiárias técnicas em uma fazenda no Japão processaram o gerente da propriedade, acusando-o de abusos sexuais. As mulheres, todas na faixa dos 20 anos, trabalharam em uma fazenda de morangos na província de Tochigi até abril de 2023 e entraram com a ação na Corte Distrital de Tóquio.
Durante uma coletiva de imprensa em Tóquio, realizada na segunda-feira (16), os advogados das vítimas e um sindicato que apoia as trabalhadoras revelaram os detalhes do processo. De acordo com os relatos, uma das mulheres foi chamada repetidamente pelo gerente para locais como a oficina, onde afirma ter sido agredida sexualmente por cerca de cinco meses. Ela também relatou que o gerente ameaçou enviá-la de volta ao Camboja caso recusasse seus avanços.
A vítima disse ainda que ficou grávida e foi forçada a realizar um aborto sem uma explicação adequada sobre o procedimento. As três mulheres também acusam o gerente de assédio sexual contra elas, com relatos de toques em partes íntimas do corpo.
O total de indenização solicitado pelas vítimas é de aproximadamente 92 milhões de ienes, o equivalente a 600.000 dólares. A defesa afirma que a primeira mulher sentiu-se pressionada a suportar os abusos devido a dívidas contraídas para viajar ao Japão.
Em sua defesa, o gerente da fazenda admitiu ter tido relações sexuais com a trabalhadora, mas negou as ameaças, afirmando que acreditava que o ato era consensual. Ele também refutou as acusações de assédio contra as outras duas mulheres.
O caso traz à tona preocupações sobre as condições de trabalho de estrangeiros no Japão, especialmente no setor agrícola, onde as práticas de abuso e exploração são frequentemente denunciadas por ONGs e sindicatos.
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