Damasco, Síria, 16 de dezembro de 2024 (Agência de Notícias Síria) – Uma semana após a queda do regime do ex-presidente Bashar al-Assad, o líder do governo interino da Síria, Abu Mohammed al-Golani, reiterou sua intenção de construir uma sociedade inclusiva que garanta direitos iguais para todos os cidadãos, incluindo as minorias étnicas como os curdos.
Em uma mensagem publicada nas redes sociais no domingo (15), al-Golani, que lidera o grupo rebelde Hayat Tahrir al-Sham (HTS), enfatizou que os sírios viverão juntos sob um sistema legal que respeitará os direitos de todos. Ele destacou que os curdos, historicamente marginalizados, não enfrentarão mais discriminação.
O HTS é classificado como organização terrorista pelas Nações Unidas e outras entidades internacionais. No entanto, as recentes declarações de al-Golani indicam uma tentativa de adotar uma postura mais conciliatória perante a comunidade internacional.
No sábado (14), diplomatas de países árabes, Turquia, Estados Unidos e outras nações se reuniram para discutir o futuro da Síria. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, informou que os participantes concordaram em pressionar o novo governo sírio a respeitar os direitos das minorias.
Também no sábado, al-Golani declarou à mídia local que a prioridade da Síria é a reconstrução e a estabilidade, descartando a intenção de se envolver em conflitos com Israel. Ele ressaltou que o país deve evitar ações que perpetuem a destruição.
Enquanto isso, forças israelenses continuam a realizar ataques aéreos na Síria, com o objetivo declarado de impedir que arsenais do regime de Assad sejam transferidos para grupos terroristas. Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, 75 ataques aéreos já foram registrados até domingo (15).
O novo governo sírio enfrenta o desafio de reconstruir um país devastado pela guerra, enquanto tenta ganhar legitimidade nacional e internacional.
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