Tel Aviv, Israel, 19 de dezembro de 2024 (Reuters) – O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou que as tropas de Israel continuarão estacionadas no Monte Hermon, território estratégico dentro da Síria, após a queda do governo do presidente Bashar al-Assad.
A declaração foi feita durante uma visita de Netanyahu ao pico do monte na terça-feira (18). Ele enfatizou que a presença militar na área é temporária e será mantida até que seja garantida a segurança de Israel.
Desde a queda do regime de Assad, o exército israelense tem realizado diversos ataques aéreos na Síria, justificando as operações como forma de evitar que armas do antigo governo caiam nas mãos de grupos hostis. Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, já foram realizados quase 500 bombardeios desde então.
Tropas israelenses assumiram o controle da zona desmilitarizada patrulhada pela ONU, qualificando a medida como um movimento defensivo necessário. Entretanto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, divulgou um comunicado na semana passada pedindo a retirada das forças israelenses do local.
Enquanto isso, o líder do governo interino da Síria, Abu Mohammed al-Golani, criticou Israel em entrevista concedida na segunda-feira (17). Ele argumentou que a ameaça representada por grupos como o Hezbollah e militantes apoiados pelo Irã foi eliminada com a queda de Assad, tornando desnecessária a ocupação israelense de territórios sírios.
Netanyahu, porém, manteve sua posição, afirmando que qualquer decisão futura dependerá de garantias concretas para a segurança de Israel.
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