Tbilisi, Geórgia, 2 de dezembro de 2024 (Associated Press) – Milhares de manifestantes continuam ocupando as ruas da capital da Geórgia, Tbilisi, protestando contra a decisão do governo de suspender as negociações de adesão à União Europeia.
Os protestos, que já duram três dias consecutivos, foram marcados por confrontos com a polícia, que usou gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar os manifestantes. O Ministério do Interior informou que mais de 100 pessoas foram detidas durante os atos, e diversos participantes ficaram feridos.
No sábado (30), o primeiro-ministro Irakli Kobakhidze acusou a oposição pró-União Europeia de planejar uma revolução similar à do “Maidan” na Ucrânia, que resultou na queda de um governo pró-Rússia em 2014. Kobakhidze adota uma postura conciliatória em relação à Rússia, o que tem gerado críticas entre os defensores da integração europeia.
A presidente Salome Zourabichvili, defensora do ingresso na União Europeia, afirmou que houve irregularidades nas eleições parlamentares de outubro, que garantiram a maioria das cadeiras ao partido pró-Rússia. Zourabichvili declarou que um parlamento ilegítimo não pode eleger um novo presidente na votação indireta programada para 14 de dezembro.
Com o fim de seu mandato previsto para a metade deste mês, a presidente garantiu que permanecerá no cargo até que uma solução legítima seja encontrada. Enquanto isso, os protestos seguem como um forte sinal de insatisfação popular diante da decisão do governo e da repressão policial, aumentando a tensão política no país.
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