Rio de Janeiro, Brasil, 16 de dezembro de 2024 (O Globo) – Um homem faleceu enquanto aguardava atendimento médico em uma unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio de Janeiro. O caso, que ocorreu no sábado (14), gerou revolta e levou à decisão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de demitir os funcionários de plantão na ocasião.
De acordo com a SMS, os profissionais falharam em identificar a gravidade do quadro clínico do paciente, o que foi classificado como “inadmissível”. A pasta destacou que será realizada uma investigação interna para apurar os detalhes do ocorrido.
O caso reacendeu debates sobre a precariedade da saúde pública no Brasil. Enquanto a população depende do SUS e enfrenta longas filas, atrasos e falta de estrutura, figuras públicas têm acesso a hospitais de ponta. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, recentemente utilizou os serviços do Hospital Sírio-Libanês, uma instituição particular renomada.
A polêmica também envolve a gestão municipal. O prefeito Eduardo Paes foi criticado por investir em eventos como shows de artistas internacionais, incluindo Lady Gaga, enquanto o sistema público de saúde da cidade continua enfrentando graves problemas.
O incidente gerou comoção e levou a uma onda de indignação nas redes sociais, onde cidadãos cobraram melhorias imediatas na gestão do SUS e maior responsabilidade das autoridades com os recursos públicos destinados à saúde.
A SMS informou que o hospital passará por uma reestruturação emergencial para evitar que casos como esse se repitam, enquanto as famílias que dependem do SUS continuam a enfrentar incertezas e riscos diários ao buscar atendimento médico.
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