Washington, D.C., Estados Unidos, 24 de dezembro de 2024 (Associated Press) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta segunda-feira (23) a comutação das penas de 37 dos 40 presos no corredor da morte federal. As sentenças foram convertidas em prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Os outros três detentos, cujas penas não foram alteradas, foram condenados por crimes de terrorismo ou assassinatos em massa motivados por ódio racial ou religioso.
Em comunicado oficial, Biden declarou: “Condeno esses assassinos, lamento profundamente pelas vítimas de seus atos desprezíveis e sinto a dor das famílias que sofreram perdas inimagináveis e irreparáveis.” Ele também reafirmou sua oposição à pena de morte: “Estou mais convencido do que nunca de que devemos acabar com o uso da pena capital em nível federal. Não posso, em boa consciência, permitir que uma nova administração retome as execuções que suspendi.”
A decisão foi tomada em meio à expectativa da posse, no próximo mês, do presidente eleito Donald Trump, conhecido defensor da pena de morte. Durante seu primeiro mandato, Trump retomou as execuções federais, que haviam sido suspensas por 17 anos, entre 2003 e 2020, em resposta a críticas sobre a dor desnecessária causada pelas injeções letais.
Entre 2017 e 2021, 13 condenados à morte em prisões federais foram executados durante o governo Trump.
A decisão de Biden é vista como um marco em sua política de justiça criminal e um posicionamento claro contra a pena de morte, uma prática que gera intenso debate nos Estados Unidos e no mundo.
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