Paris, França, 25 de dezembro de 2024 (AFP) — O ativista anti-caça às baleias Paul Watson declarou que continuará sua campanha global contra essa prática e emitiu um alerta aos caçadores japoneses sobre o retorno ao Oceano Antártico. A declaração foi feita durante um evento em Paris, no último sábado (21), após sua libertação na Dinamarca.
Watson, ex-líder do grupo Sea Shepherd, foi detido em julho na Groenlândia, um território autônomo dinamarquês, e estava sob risco de extradição ao Japão. As autoridades japonesas o acusam de organizar obstruções forçadas à caça científica conduzida por embarcações do país. No entanto, a Dinamarca decidiu, na semana passada, não proceder com a extradição, permitindo que Watson retornasse à França, onde vive com sua família.
Durante o evento, Watson afirmou: “De uma forma ou de outra, vamos acabar com a caça às baleias em todo o mundo. Precisamos aprender a viver em harmonia com todas as espécies que compartilham este planeta conosco.”
O ativista também reforçou sua oposição às operações japonesas no Oceano Antártico, dizendo: “Se o Japão pretende retornar ao Oceano Austral, estaremos lá.”
Paul Watson é conhecido por sua postura firme contra a caça às baleias e outras práticas que considera prejudiciais à vida marinha. Sob sua liderança, o Sea Shepherd realizou diversas ações diretas para impedir a caça às baleias, muitas vezes resultando em confrontos com embarcações japonesas.
O Japão encerrou formalmente sua caça científica no Oceano Antártico em 2019, mas Watson e outros ativistas temem que o país retome essas atividades em águas internacionais. O ativista reforçou que sua luta pela conservação marinha continuará até que a caça às baleias seja completamente abolida.
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