China: inflação sobe mas temores de deflação continuam

Pequim, China, 11 de novembro de 2024, Agência de Notícias Xinhua – Os preços ao consumidor na China aumentaram pelo nono mês consecutivo em outubro, segundo dados divulgados pelo Departamento Nacional de Estatísticas. O índice de preços ao consumidor (IPC) subiu 0,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado principalmente pelo aumento nos preços de alimentos, incluindo vegetais e carne suína.

Apesar desse aumento, as preocupações com a deflação persistem, com pressões de queda em vários setores. Os preços de automóveis e smartphones caíram, refletindo a contenção dos gastos dos consumidores. O setor imobiliário, que enfrenta vendas estagnadas, também viu uma queda nos preços de móveis e eletrodomésticos.

Em resposta a essas pressões econômicas, o governo chinês anunciou na sexta-feira (8) um novo pacote de estímulo no valor de 10 trilhões de yuans (aproximadamente 1,4 trilhão de dólares). A medida visa melhorar a saúde fiscal dos governos regionais, duramente atingidos pela desaceleração do setor imobiliário.

No entanto, a eficácia dessas medidas permanece incerta, considerando a desaceleração do crescimento econômico da China. No terceiro trimestre de 2024, o PIB do país cresceu 4,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior, ficando abaixo da meta governamental de cerca de 5%.

Analistas apontam que, embora o aumento nos preços ao consumidor seja um sinal positivo, a taxa de 0,3% ainda está abaixo das expectativas do mercado, que previam um aumento de 0,4%. Isso indica que a economia chinesa ainda enfrenta desafios significativos na busca por uma recuperação robusta.

O governo chinês continua a monitorar de perto a situação econômica, buscando um equilíbrio entre estimular o crescimento e evitar riscos financeiros. A persistência de preocupações deflacionárias destaca a complexidade dos desafios econômicos enfrentados pela segunda maior economia do mundo em sua busca por estabilidade e crescimento sustentável.