Hong Kong, China, 20 de novembro de 2024, NHK – Um tribunal de Hong Kong condenou 45 ativistas pró-democracia a penas de prisão de até 10 anos por violação da lei de segurança nacional do território. As sentenças foram anunciadas na terça-feira (19), marcando o desfecho do maior julgamento sob a controversa legislação implementada em 2020.
O caso envolve 47 ativistas, incluindo ex-parlamentares, acusados de conspiração para subversão após organizarem uma eleição primária não oficial em 2020. A defesa negou qualquer intenção de subversão, mas os promotores alegaram que os acusados buscavam paralisar o governo e forçar a renúncia do chefe do executivo.
Benny Tai, ex-professor associado da Universidade de Hong Kong e organizador da primária, recebeu a pena máxima de 10 anos. Joshua Wong, renomado ativista, foi sentenciado a 4 anos e 8 meses.
O julgamento atraiu centenas de cidadãos que se alinharam fora do tribunal para obter ingressos para a galeria pública, em meio a forte presença policial. Apoiadores dos governos chinês e de Hong Kong também se reuniram, exigindo sentenças duras.
Emily Lau, ex-presidente do Partido Democrático de Hong Kong, descreveu o resultado como “desolador”, prometendo continuar lutando pela liberdade e pelo estado de direito dentro dos limites legais.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, defendeu as sentenças, afirmando que Hong Kong é uma sociedade regida por leis onde “ninguém pode se envolver em atividades ilegais em nome da democracia”.
O caso representa um golpe significativo para o movimento democrático de Hong Kong, levantando preocupações sobre o futuro das liberdades civis no território sob o controle cada vez mais rígido de Pequim.
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