EUA e Coreia do Sul condenam lançamento de míssil norte-coreano

Washington, Estados Unidos, 1 de novembro de 2024 (Agência Kyodo) – Autoridades de Relações Exteriores e Defesa dos Estados Unidos e da Coreia do Sul expressaram fortes críticas ao recente lançamento de míssil pela Coreia do Norte. Em reunião em Washington, chamada de conversas “dois-mais-dois”, eles condenaram o teste intercontinental realizado pela Coreia do Norte e discutiram medidas de segurança reforçadas.

O míssil balístico intercontinental, identificado pelo Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte como Hwasong-19, foi lançado na quinta-feira (31) e permaneceu em voo por cerca de uma hora e meia, atingindo uma altitude superior a 7.000 quilômetros – a maior já registrada por um míssil norte-coreano.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, criticou o lançamento e reafirmou o “compromisso inabalável” dos EUA com a segurança da Coreia do Sul. Blinken declarou: “Condenamos nos termos mais fortes o lançamento, mais um de uma série de ações provocativas”.

O ministro da Defesa sul-coreano, Kim Yong-hyun, acrescentou: “Denunciamos com uma só voz o lançamento do míssil de ontem e instamos a Coreia do Norte a cumprir as resoluções do Conselho de Segurança da ONU”.

Além do lançamento do míssil, Blinken também abordou outra ação provocativa de Pyongyang, mencionando o envio de militares norte-coreanos para a Rússia. Ele destacou: “Esta é a primeira vez em 100 anos que a Rússia convida tropas estrangeiras para seu território. Hoje, discutimos diversas opções de resposta a essa aliança”.

Segundo Blinken, cerca de 8.000 soldados norte-coreanos foram enviados para a região de Kursk, perto da fronteira russa, e espera-se que participem de operações militares nos próximos dias. Ele qualificou o envio de tropas como um sinal de “desespero e fraqueza” do presidente russo Vladimir Putin.