Tóquio, Japão, 26 de novembro de 2024 (NHK) – Apesar de um crescimento na participação de fontes nucleares e renováveis na matriz energética em 2023, o Japão permanece longe de atingir as metas estabelecidas pelo governo para 2030, segundo dados divulgados pelo Ministério da Indústria.
A energia nuclear representou 8,5% da produção total de eletricidade no ano fiscal de 2023, um aumento de 2,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior. O avanço foi atribuído à reativação de uma usina nuclear na província de Fukui, região central do país.
Já as fontes renováveis, como solar e eólica, subiram apenas um ponto percentual, totalizando 22,9% da matriz energética. Apesar desse crescimento, as renováveis ainda estão longe da meta de 36% a 38% estabelecida para 2030.
Por outro lado, a energia térmica, embora tenha diminuído quatro pontos percentuais, ainda responde pela maior parte da produção energética, com 68,6% do total.
O plano energético básico do governo japonês prevê que, em 2030, a combinação de energias renováveis e nucleares seja responsável por cerca de 60% do mix energético do país. Para atingir esse objetivo, o Ministério da Indústria está revisando o plano e considera estabelecer uma nova meta: tornar as renováveis a principal fonte de energia até o ano fiscal de 2040.
A necessidade de diversificação da matriz energética tem se tornado cada vez mais urgente, especialmente diante da crise climática e da dependência do Japão de combustíveis fósseis importados. Contudo, analistas apontam que barreiras regulatórias e desafios na implementação de novas tecnologias continuam a dificultar o avanço em direção a um futuro mais sustentável.
O governo japonês agora enfrenta o desafio de acelerar os investimentos em infraestrutura e políticas para tornar viáveis suas ambiciosas metas energéticas.
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