Israel inicia operação terrestre limitada no Líbano.

Tel Aviv, Israel, 1 de outubro de 2024 – Agência de Notícias Haaretz – O exército israelense anunciou hoje o início de uma operação terrestre limitada no Líbano, visando alvos do grupo terrorista Hezbollah. Esta ação marca uma significativa escalada no conflito que se intensificou após um ataque aéreo israelense ter atingido o quartel-general do Hezbollah próximo a Beirute na sexta-feira (29), resultando na morte do líder do grupo, Hassan Nasrallah.

A operação terrestre, descrita como “limitada” pelas autoridades israelenses, representa uma nova fase no conflito que vem se desenrolando na fronteira entre Israel e Líbano nas últimas semanas. Fontes militares israelenses afirmam que a incursão tem como objetivo neutralizar infraestruturas do Hezbollah próximas à fronteira, mas analistas temem que isso possa levar a uma escalada mais ampla no conflito regional.

O Ministério da Defesa de Israel justificou a ação como uma resposta necessária às ameaças contínuas do Hezbollah, argumentando que a eliminação de Nasrallah não foi suficiente para deter as atividades do grupo. “Estamos determinados a proteger nossos cidadãos e garantir a segurança de nossa fronteira norte”, declarou um porta-voz do exército israelense.

A comunidade internacional observa com preocupação o desenrolar dos eventos, temendo que esta operação possa desencadear um conflito mais amplo no Oriente Médio. Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, expressaram cautela, pedindo moderação a todas as partes envolvidas, enquanto o Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência para discutir a situação.

O governo libanês condenou veementemente a incursão israelense, classificando-a como uma violação de sua soberania territorial. O primeiro-ministro libanês fez um apelo à comunidade internacional para intervir e evitar uma escalada ainda maior do conflito.

Enquanto as operações militares se intensificam, cresce o temor de que outros atores regionais, como o Irã, principal apoiador do Hezbollah, possam ser arrastados para o conflito. A situação permanece extremamente volátil, com o potencial de desestabilizar ainda mais uma região já marcada por tensões históricas e conflitos prolongados.