Jerusalém, Israel, 29 de outubro de 2024 – Agência de Notícias Reuters – O parlamento israelense aprovou nesta segunda-feira (28) uma lei que proíbe as operações da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (United Nations relief agency for Palestinian Refugees – UNRWA) em território israelense. A decisão ocorre após a confirmação de que funcionários da agência estiveram envolvidos nos ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023.
A nova legislação, que entrará em vigor em um prazo de 60 a 90 dias, impede a UNRWA de atuar em Israel e restringe significativamente suas operações na Cisjordânia e em Gaza. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que “funcionários da UNRWA devem ser responsabilizados” por seu envolvimento em atividades terroristas.
A UNRWA, principal organização humanitária atuante em Gaza, reconheceu que nove de seus funcionários poderiam estar ligados ao ataque de outubro, condicionado à validação das evidências. O comissário-geral da agência, Philippe Lazzarini, indicou que esses funcionários teriam seus contratos encerrados.
Lazzarini criticou duramente a decisão do parlamento israelense, afirmando que ela viola a Carta da ONU e “estabelece um precedente perigoso”. Ele acusou a legislação de constituir uma punição coletiva e de colocar em risco uma geração inteira de crianças.
Esta decisão marca o mais recente capítulo na longa disputa entre Israel e a UNRWA, com Netanyahu e seus apoiadores mantendo uma oposição à agência. A tensão entre as partes escalou notavelmente no último ano, culminando nesta proibição que pode ter consequências humanitárias significativas para a região.
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