Tóquio, Japão, 20 de outubro de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – Pesquisadores sugerem que as capturas recordemente baixas de camarões e caranguejos na Baía de Toyama este ano podem estar relacionadas a deslizamentos submarinos desencadeados pelo poderoso terremoto que atingiu o centro do Japão no dia de Ano Novo.
A Baía de Toyama, conhecida por sua rica vida marinha, registrou uma queda significativa nas capturas de camarão-veludo e caranguejo-da-neve vermelho. Nos seis meses a partir de abril, a pesca de camarão atingiu apenas 27% da média anual, enquanto a captura de caranguejos no período de janeiro a maio foi de apenas 58% do normal.
Uma pesquisa da Guarda Costeira do Japão revelou que o terremoto da Península de Noto causou o colapso de uma encosta submarina na Baía de Toyama, cobrindo uma área de aproximadamente 3,5 km por 1 km, com profundidades de até 40 metros. O Instituto de Pesquisa Pesqueira da Prefeitura de Toyama confirmou vestígios de deslizamentos em quatro ou cinco locais e detectou níveis elevados de sulfeto, prejudiciais à vida marinha, em mais áreas desde o terremoto.
Os pesquisadores acreditam que os camarões e caranguejos podem ter sido arrastados pelos deslizamentos ou morrido devido ao sulfeto liberado pelas áreas expostas. A recuperação dos estoques de camarão deve levar de dois a três anos, enquanto para os caranguejos, o processo pode se estender por mais de nove anos, dada a diminuição nas concentrações de machos, fêmeas e juvenis.
Este evento destaca a interconexão entre fenômenos geológicos e ecossistemas marinhos, ressaltando a importância de estudos contínuos para compreender e mitigar os impactos de desastres naturais na pesca e na economia local.
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