Berlim, Alemanha, 2 de outubro de 2024 – Agência de Notícias Deutsche Welle – As autoridades locais de Berlim ordenaram a remoção de uma estátua que simboliza as chamadas “mulheres de conforto” do período da Segunda Guerra Mundial, alegando que a permissão para sua instalação expirou. A decisão, anunciada na segunda-feira (30), dá ao grupo responsável pela estátua um prazo de quatro semanas para retirá-la.
A estátua, que representa uma jovem e homenageia as vítimas de escravidão sexual durante a ocupação japonesa na Segunda Guerra Mundial, foi erguida em 2020 por um grupo cívico pró-Coreia do Sul em um terreno público no distrito central de Mitte, em Berlim. Desde então, a embaixada japonesa na capital alemã tem exigido sua remoção.
O escritório distrital indicou no final do mês passado que poderia ordenar a remoção da estátua, após o grupo responsável recusar uma proposta para realocá-la em um local privado. A permissão para a instalação da estátua expirou no sábado (28), levando à ordem de remoção.
O grupo cívico, no entanto, insiste em manter a estátua em sua localização atual e sugeriu que pode buscar proteção legal nos tribunais. Esta situação reflete as tensões diplomáticas contínuas entre Japão e Coreia do Sul sobre questões históricas relacionadas à Segunda Guerra Mundial.
A decisão das autoridades de Berlim coloca em evidência o delicado equilíbrio entre a preservação da memória histórica e as sensibilidades diplomáticas internacionais. Enquanto grupos de direitos humanos e apoiadores da Coreia do Sul veem a estátua como um importante símbolo de reconhecimento e reparação, o governo japonês a considera uma representação unilateral de eventos históricos complexos.
A controvérsia em torno da estátua das “mulheres de conforto” em Berlim é apenas um capítulo de um debate mais amplo sobre como as nações lidam com os legados dolorosos do passado e navegam nas relações diplomáticas contemporâneas.
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