ONU: Coreia do Norte intensifica repressão à liberdade

Relatório aponta novas leis que restringem expressão e pensamento.

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Seul, Coreia do Sul, 5 de setembro de 2024 – Agência de Notícias Yonhap – A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório alarmante sobre a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte, revelando uma intensificação da repressão à liberdade de expressão e pensamento no país. O documento, que abrange o período de julho de 2023 a maio de 2024, foi elaborado pelo Secretário-Geral António Guterres após uma investigação da ONU.

O relatório destaca uma “escalada notável na repressão dos direitos à liberdade de expressão, informação, pensamento e consciência”, citando a promulgação de três novas leis que restringem ainda mais as liberdades individuais. Entre elas, a Lei de Proteção da Língua Cultural de Pyongyang chama especial atenção por visar impedir a influência de culturas estrangeiras.

Esta nova legislação introduz sanções legais severas, incluindo a pena de morte, para pessoas que imitem linguagens utilizadas em outros países. A medida é vista como uma tentativa do regime norte-coreano de manter um controle rígido sobre a população e evitar a disseminação de ideias estrangeiras.

Quanto ao direito à alimentação adequada, o relatório indica uma redução nos preços dos alimentos devido a uma boa colheita no outono passado. No entanto, também aponta que Pyongyang está limitando o papel dos mercados de pequena escala, forçando a população a comprar exclusivamente em lojas estatais, que muitas vezes não possuem estoque suficiente para atender à demanda.

O documento da ONU também aborda a questão dos sequestros, exigindo que a Coreia do Norte forneça informações completas sobre o paradeiro de todas as pessoas sequestradas às suas famílias e as repatrie imediatamente.

Esta intensificação da repressão ocorre em um momento em que a Coreia do Norte se encontra cada vez mais isolada internacionalmente, levantando preocupações sobre o bem-estar e os direitos fundamentais de sua população. A comunidade internacional continua a pressionar por mudanças, mas o regime de Kim Jong-un parece determinado a manter seu controle férreo sobre o país.

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