Tóquio, Japão, 11 de setembro de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – A NHK, emissora pública japonesa, divulgou nesta terça-feira (10) um relatório investigativo sobre comentários inapropriados feitos durante um boletim de notícias em língua chinesa no mês passado por um funcionário terceirizado de nacionalidade chinesa.
O presidente da NHK, Nobuo Inaba, pediu desculpas em uma coletiva de imprensa, descrevendo o incidente como um caso de “sequestro de transmissão”. Inaba afirmou que a situação violou os padrões internacionais de programação da NHK e falhou em cumprir as responsabilidades estipuladas pela Lei de Radiodifusão.
Durante a transmissão de 19 de agosto, o funcionário terceirizado de 48 anos fez comentários não autorizados que contradiziam as visões oficiais do governo japonês, incluindo questões sobre a soberania territorial das Ilhas Senkaku, na Prefeitura de Okinawa.
O relatório revelou que outros funcionários perceberam os comentários sendo feitos, mas não tomaram medidas como cortar o áudio, alegando que não puderam responder devido à súbita ocorrência.
Como medida de responsabilização, quatro executivos, incluindo o presidente Inaba, devolverão voluntariamente 50% de sua remuneração por um mês. O diretor sênior responsável pela transmissão internacional, Kenji Sobata, renunciará ao cargo.
A NHK anunciou que passará a pré-gravar as transmissões internacionais de rádio e considerará a introdução de áudio por inteligência artificial. A emissora também trabalhará mais estreitamente com o serviço de transmissão doméstica para implementar verificações e restrições mais rigorosas.
Estas medidas visam fortalecer a governança das transmissões internacionais da NHK e recuperar a confiança do público após este incidente que abalou a credibilidade da emissora pública japonesa.
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