Tóquio, Japão, 11 de setembro de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – O ministro da Saúde e Bem-Estar do Japão, Keizo Takemi, anunciou nesta terça-feira (10) que o ministério irá estudar rapidamente uma resposta à decisão judicial de segunda-feira (9) que determinou que alguns sobreviventes não reconhecidos da bomba atômica em Nagasaki devem ser legalmente certificados como hibakushas.
Takemi informou que os funcionários do ministério estão analisando atentamente a decisão. “O ministério irá consultar outros órgãos governamentais, juntamente com a cidade e a prefeitura de Nagasaki, para responder apropriadamente”, declarou o ministro.
O caso judicial envolveu 44 requerentes que estavam dentro de um raio de 12 quilômetros do hipocentro quando a bomba atômica explodiu sobre a cidade em 9 de agosto de 1945. No entanto, eles estavam fora da zona designada pelo governo para exposição à radiação e, portanto, não foram reconhecidos como hibakushas. Sem esse status, os sobreviventes recebem apenas suporte médico limitado.
O Tribunal Distrital de Nagasaki determinou que 15 dos 44 requerentes se qualificam como hibakushas, afirmando que eles estavam em uma área onde a chamada “chuva negra”, contendo substâncias radioativas, caiu.
Takemi expressou o desejo do ministério de concluir rapidamente as discussões com a cidade e a prefeitura de Nagasaki sobre novas medidas de apoio para os sobreviventes que estavam fora da zona estabelecida pelo governo. As três partes também estão revisando o sistema de reconhecimento de hibakushas, seguindo instruções do Primeiro-Ministro Fumio Kishida.
Esta decisão judicial marca um ponto de virada importante no reconhecimento e apoio aos sobreviventes da bomba atômica, potencialmente expandindo a definição de hibakusha e melhorando o acesso a cuidados médicos e assistência para aqueles afetados pelo bombardeio de Nagasaki.
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