Vladivostok, Rússia, 6 de setembro de 2024 – Agência de Notícias TASS – O Instituto Oceanológico do Pacífico, vinculado à Academia Russa de Ciências, divulgou um relatório atestando que as águas marinhas ao redor do Japão contêm níveis muito baixos de substâncias radioativas após a liberação de água tratada e diluída da usina nuclear de Fukushima.
O estudo independente, conduzido desde 2022, analisou amostras do Oceano Pacífico, Mar de Okhotsk e Mar do Japão. Os resultados, divulgados em 30 de agosto, indicam que um litro de água do mar contém em média 0,12 becquerels de trítio, muito abaixo do padrão de segurança russo de 7.700 becquerels por litro.
Segundo o instituto, o nível de trítio encontrado não representa ameaça. O relatório também afirma que peixes e mariscos capturados nas proximidades do Japão podem ser consumidos sem preocupação, não havendo motivos para alarme em relação a esses produtos marinhos.
A Rússia vem restringindo importações de frutos do mar japoneses desde outubro de 2023, após o início da liberação da água tratada. Funcionários da embaixada japonesa em Moscou reconheceram o conteúdo do relatório da academia russa e expressaram satisfação com a iniciativa dos pesquisadores russos em verificar independentemente a segurança das águas marinhas.
A embaixada japonesa afirmou que continuará solicitando à Rússia o levantamento das restrições à importação de frutos do mar japoneses. A água liberada pela usina de Fukushima passa por tratamento para remover a maioria das substâncias radioativas, sendo diluída antes da liberação para reduzir os níveis de trítio a cerca de um sétimo do nível recomendado pela Organização Mundial da Saúde para água potável.
Este relatório da academia russa representa um passo importante na validação científica internacional da segurança das medidas adotadas pelo Japão no tratamento e liberação da água de Fukushima.
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