Kanazawa, Prefeitura de Ishikawa, Japão, 28 de setembro de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – Uma semana após as chuvas recordes que atingiram a prefeitura de Ishikawa, no centro do Japão, equipes de resgate continuam as buscas por pessoas desaparecidas. A região, ainda se recuperando do terremoto massivo ocorrido no Ano Novo, enfrenta agora os desafios deixados por deslizamentos de terra e inundações generalizadas.
O número de mortos desde o início das chuvas chegou a 11, com outras seis pessoas desaparecidas ou não localizadas. Cerca de 480 socorristas foram vistos realizando buscas nesta sexta-feira (27) em Wajima, onde quatro casas ao longo de um trecho do rio foram arrastadas pela correnteza.
Membros da Guarda Costeira do Japão realizaram mergulhos na costa como parte da busca por uma menina de 14 anos. O pai da jovem expressou gratidão pelos esforços das equipes de resgate. Em Noto, as buscas se concentram em uma mulher de 68 anos, em uma área isolada por deslizamentos de terra.
O desastre representa um duplo golpe para os empresários locais, que passaram grande parte do ano tentando se recuperar do terremoto. Entre os afetados estão os famosos artesãos de laca de Wajima. Yoshikazu Ueno, cujo ateliê foi danificado no terremoto, viu seu espaço temporário recentemente inundado pelas chuvas.
Em resposta à crise, outras partes do Japão estão contribuindo para os esforços de recuperação. Quatro profissionais de enfermagem e saúde mental de um hospital da Cruz Vermelha em Ise, na prefeitura de Mie, foram enviados para Wajima. Entre eles, um psicólogo certificado ressalta que as chuvas podem ter deixado as pessoas incapazes de ver um caminho claro para a recuperação após o terremoto.
A situação em Ishikawa destaca a vulnerabilidade de certas regiões do Japão a múltiplos desastres naturais e a necessidade de estratégias de recuperação a longo prazo que considerem a possibilidade de eventos climáticos extremos recorrentes.
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