Pequim, China, 28 de setembro de 2024 – Agência de Notícias Xinhua – O Banco Popular da China (BPC) anunciou nesta sexta-feira (27) uma série de medidas para impulsionar a economia do país, que enfrenta uma prolongada desaceleração no setor imobiliário. A principal ação foi a redução da taxa de juros de recompra reversa de sete dias de 1,7% para 1,5%, estabelecendo-a como nova taxa de referência para a política monetária.
Esta redução deve diminuir os custos de empréstimos imobiliários e corporativos, estimulando o investimento e o consumo. Além disso, o BPC cortou o índice de reservas obrigatórias dos bancos em meio ponto percentual, uma medida que deve injetar cerca de 1 trilhão de yuans (aproximadamente 140 bilhões de dólares) no mercado financeiro.
O Partido Comunista Chinês anunciou na quinta-feira (26) que promoverá ativamente políticas fiscais além do afrouxamento monetário. O objetivo é alcançar a meta de crescimento econômico de cerca de 5% para este ano.
Estas medidas surgem em um momento crítico para a segunda maior economia do mundo, que enfrenta desafios como a pressão deflacionária contínua, alto desemprego e uma crise prolongada no setor imobiliário. O mercado imobiliário, que tradicionalmente representa mais de um quarto do PIB chinês, tem sido um ponto de preocupação particular, com grandes empresas como China Evergrande e Country Garden enfrentando dificuldades financeiras.
O diretor da Administração Nacional de Regulação Financeira, Li Yunze, afirmou que Pequim irá “cooperar ativamente na resolução dos riscos imobiliários e da dívida do governo local”. Esta declaração sugere uma abordagem mais abrangente para lidar com os desafios econômicos do país.
Analistas veem estas medidas como um sinal claro de que o governo chinês está determinado a atingir sua meta de crescimento, mesmo diante de ventos contrários significativos. No entanto, a eficácia dessas políticas dependerá de como serão implementadas e da resposta do mercado nos próximos meses.
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