Caracas, Venezuela, 30 de agosto de 2024 – Agência EFE – As autoridades venezuelanas prenderam mais de 2.400 pessoas que protestaram contra o resultado da eleição presidencial realizada em 28 de julho, segundo informações divulgadas pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
O presidente Nicolas Maduro foi declarado vencedor pelas autoridades eleitorais, mas a oposição contesta o resultado. Na quarta-feira (28), exatamente um mês após o pleito, apoiadores dos partidos de oposição se reuniram na capital Caracas, alegando que seu candidato, Edmundo Gonzalez, teria vencido com 67% dos votos.
De acordo com partidos de oposição, entre os detidos estão mais de 150 crianças. A onda de prisões reflete a abordagem linha-dura do governo Maduro frente aos protestos, que se intensificaram desde o anúncio dos resultados eleitorais.
Países vizinhos, Estados Unidos, União Europeia e organizações internacionais têm pressionado a Venezuela a publicar resultados detalhados da eleição ou revisar a contagem de votos. No entanto, na semana passada, a Suprema Corte venezuelana confirmou o anúncio da autoridade eleitoral, reforçando a vitória de Maduro.
Na quarta-feira (28), promotores convocaram Gonzalez para depor sobre um site onde a oposição publicou sua própria contagem dos votos da eleição presidencial. Enquanto isso, Maduro já nomeou os membros de seu novo gabinete, sinalizando que é improvável que mude sua abordagem repressiva aos protestos da oposição.
A situação na Venezuela continua tensa, com a comunidade internacional observando de perto os desdobramentos da crise política no país. A repressão aos manifestantes levanta preocupações sobre violações de direitos humanos e o estado da democracia na nação sul-americana.
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