Moscou, Rússia, 9 de agosto de 2024 (Agência de Notícias Tass) – Um alto funcionário do governo russo manifestou cautela em relação à visita do primeiro-ministro japonês, Kishida Fumio, à Ásia Central, programada para começar na sexta-feira (9). A viagem inclui encontros no Cazaquistão, Uzbequistão e Mongólia, com o objetivo de fortalecer a cooperação econômica e outras áreas com a região.
Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, afirmou em resposta escrita no site do ministério que as tentativas do Japão de se inserir na Ásia Central, uma região que Moscou considera parte de sua esfera de influência, não são motivadas apenas por interesses econômicos, mas também influenciadas por políticas americanas. Ela sugeriu que o Japão busca expandir seus interesses na região, potencialmente prejudicando os laços econômicos estabelecidos entre os países da Ásia Central e a Rússia ao longo de décadas.
Zakharova também acusou Tóquio de tentar atrair os países da Ásia Central para a “ideologia ocidental de ‘ordem baseada em regras'”, que ela descreveu como tendo conotações anti-russas e anti-chinesas. Além disso, ela afirmou que o Japão busca tornar os beneficiários de sua ajuda ao desenvolvimento dependentes de capital e tecnologia externos.
A visita de Kishida ocorre em meio a um cenário geopolítico complexo, onde a influência de China e Rússia na Ásia Central é historicamente forte. No entanto, os países da região têm adotado uma postura cautelosa em relação a Moscou desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022. O Japão, por sua vez, busca fortalecer seus laços com esses países por meio de iniciativas de cooperação econômica e tecnológica.
Além dos encontros políticos, a visita de Kishida incluirá fóruns de negócios em Cazaquistão e Uzbequistão, com a presença de representantes de cerca de 50 empresas japonesas. O objetivo é fomentar investimentos privados e fortalecer a segurança econômica do Japão por meio de parcerias públicas e privadas na região.
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