Washington, Estados Unidos, 31 de agosto de 2024 – Agência de Notícias Associated Press – A vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump estão intensificando esforços para conquistar novas bases de apoio, propondo a nomeação de membros de fora de seus próprios partidos políticos caso vençam as eleições em novembro.
Em sua primeira grande entrevista desde que se tornou a principal candidata democrata, Harris apareceu na CNN na quinta-feira (29) ao lado de seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota, Tim Walz. A vice-presidente enfatizou a importância de tomar decisões com a ajuda de pessoas que têm “visões diferentes” e “experiências diversas”.
Harris acrescentou que seria “benéfico para o público americano” nomear um republicano para seu gabinete, caso seja eleita. Embora não tenha mencionado nomes específicos, sugeriu que seu objetivo é reduzir a polarização partidária.
“Acredito que é crucial trazer perspectivas diversas para a mesa de decisões”, declarou Harris. “Isso não apenas enriquece o debate, mas também nos ajuda a encontrar soluções mais abrangentes para os desafios que enfrentamos como nação.”
Por outro lado, a mídia americana relata que Trump está recrutando colaboradores de fora do Partido Republicano. Sua campanha anunciou na terça-feira (27) a adição de Robert F. Kennedy Jr. e da ex-democrata Tulsi Gabbard à equipe.
Kennedy, um independente que recentemente abandonou sua própria candidatura presidencial e endossou Trump, atuará como co-presidente honorário da equipe de transição presidencial de Trump, caso ele vença em novembro.
Essas movimentações de ambos os candidatos refletem uma estratégia para ampliar suas bases de apoio e atrair eleitores moderados e independentes, cruciais para a vitória nas eleições presidenciais. A promessa de um governo mais inclusivo e bipartidário surge como uma tentativa de atenuar a profunda divisão política que tem caracterizado a política americana nos últimos anos.
Analistas políticos veem essas propostas com cautela, questionando se elas se traduzirão em ações concretas após as eleições ou se são apenas manobras de campanha. No entanto, a disposição de ambos os candidatos em considerar nomeações bipartidárias sinaliza um possível caminho para reduzir a polarização no cenário político americano.
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