Tóquio, Japão, 27 de julho de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – Oficiais de regulação nuclear do Japão compilaram uma conclusão que efetivamente rejeita o reinício de um reator nuclear pela primeira vez desde que o atual sistema regulatório foi lançado em 2012.
O Secretariado da Autoridade de Regulação Nuclear recomendou que o reator nº 2 da usina nuclear de Tsuruga não está em conformidade com os padrões regulatórios, devido a uma falha geológica que corre sob o edifício do reator.
A usina, localizada na província de Fukui, no centro do Japão, é operada pela Japan Atomic Power Company. Os padrões regulatórios não permitem que instalações críticas para a segurança sejam construídas sobre falhas ativas.
O reator nº 2 de Tsuruga tem uma falha correndo diretamente sob seu edifício. Na sexta-feira (26), os oficiais de regulação discutiram se essa falha poderia ser arrastada para o movimento por uma falha ativa diferente nas proximidades.
A operadora da usina reiterou sua visão de que a falha sob o reator não se moverá, com base nos resultados de uma pesquisa de perfuração próxima ao edifício. A empresa disse que deseja realizar uma pesquisa adicional para obter mais dados.
Os oficiais reguladores afirmaram que as descobertas da operadora carecem de prova científica e concluíram que é difícil descartar o risco de a falha se mover no futuro. Isso efetivamente significa que o reator nº 2 será impedido de voltar a operar.
Nenhum outro reator nuclear foi julgado efetivamente impróprio para reinício desde que a atual Autoridade de Regulação Nuclear foi estabelecida em 2012. Os oficiais reguladores também dizem que não podem confirmar casos similares de rejeição datando de períodos anteriores.
A conclusão será relatada aos comissários da Autoridade de Regulação Nuclear na próxima semana. É provável que os reguladores mantenham e finalizem o julgamento.
Nesse caso, a Japan Atomic Power Company pode solicitar uma nova rodada de avaliação ou descomissionar o reator nº 2 de Tsuruga.
Esta decisão marca um momento significativo na regulação nuclear do Japão pós-Fukushima, demonstrando uma abordagem mais rigorosa à segurança nuclear. O caso de Tsuruga pode estabelecer um precedente importante para futuras avaliações de segurança de reatores nucleares no país.
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