Naha, Okinawa, Japão, 05 de julho de 2024 – Agência de Notícias Ryukyu Shimpo – Um comitê da Assembleia Prefeitural de Okinawa aprovou nesta quinta-feira (4) uma resolução de protesto e uma declaração escrita em resposta a múltiplos casos de alegada violência sexual envolvendo militares americanos estacionados na prefeitura.
A resolução, direcionada às autoridades americanas, incluindo o embaixador dos EUA no Japão, Rahm Emanuel, e a declaração, endereçada ao primeiro-ministro Kishida Fumio e outros ministros do governo japonês, foram acordadas durante uma reunião especial do comitê da assembleia.
O documento enfatiza que a agressão sexual contra mulheres é “um crime extremamente hediondo que viola a dignidade humana e não pode ser tolerado sob as leis e a justiça de nenhum dos dois países”. A declaração também critica as autoridades investigativas e o Ministério das Relações Exteriores por não terem fornecido informações sobre os graves incidentes ao governo prefeitural de Okinawa e às municipalidades locais, gerando dúvidas entre a população da prefeitura.
“Estes incidentes minam a confiança da comunidade e levantam sérias questões sobre a presença militar americana em Okinawa”, declarou Hiroshi Yamashiro, membro do comitê da assembleia.
Tanto a resolução quanto a declaração exigem um pedido de desculpas, compensação e cuidados psicológicos para as vítimas. Além disso, solicitam que o governo prefeitural e os municípios relevantes sejam prontamente notificados sobre incidentes envolvendo pessoal militar dos EUA, priorizando a proteção da privacidade das vítimas.
O Dr. Akira Watanabe, especialista em relações Japão-EUA da Universidade de Ryukyu, comentou: “Esta resolução reflete a frustração de longa data dos residentes de Okinawa com os problemas recorrentes relacionados à presença militar americana. É um apelo por mudanças significativas na forma como esses incidentes são tratados e reportados.”
A resolução de protesto e a declaração devem ser aprovadas em uma sessão plenária da assembleia prefeitural na próxima quarta-feira (10). Esta ação ocorre em um momento de crescente tensão entre a população local e as forças americanas estacionadas em Okinawa, que abriga a maior parte das instalações militares dos EUA no Japão.
O governo japonês e as autoridades americanas ainda não se pronunciaram sobre a resolução, mas espera-se que respondam após a aprovação final na próxima semana. A comunidade internacional observa de perto como este desenvolvimento pode afetar as relações entre Japão e Estados Unidos, especialmente no contexto da segurança regional no Leste Asiático.
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