Kiev, Ucrânia, 19 de maio de 2024 — Uma exposição em Kiev está homenageando a trágica história dos Tártaros da Crimeia, um grupo étnico indígena do sul da Ucrânia, lembrando os 80 anos desde que a administração soviética de Joseph Stalin começou a deportação em massa de todo o grupo para a Ásia Central.
No sábado (18), completa-se exatamente oito décadas desde o início desse doloroso capítulo histórico. Na sexta-feira (17), repórteres foram convidados a visitar a exposição, que busca transmitir as dores suportadas pelos Tártaros da Crimeia ao longo dos séculos. Tamila Tasheva, representante permanente do Presidente da Ucrânia na República Autônoma da Crimeia, destacou que o evento foi projetado para mostrar as adversidades enfrentadas pelo povo Tártaro da Crimeia.
A mostra inclui pinturas e ilustrações de artistas Tártaros da Crimeia que retratam o sofrimento de seu povo. Além disso, são exibidos itens como roupas, chapéus e utensílios domésticos do século XIX, fornecendo uma visão tangível da vida dos Tártaros naquela época.
Muitos Tártaros da Crimeia retornaram à sua terra natal por volta da época do colapso da União Soviética. No entanto, essas pessoas enfrentaram nova opressão após a anexação unilateral da Crimeia pela Rússia, há dez anos. Desde o início da invasão russa na Ucrânia, há dois anos, muitos membros do grupo foram forçados a deixar a região, temendo ser recrutados pelo exército russo.
Os organizadores da exposição esperam atrair a atenção de um público amplo para o passado trágico dos Tártaros da Crimeia. A mostra estará aberta ao público até 26 de junho, proporcionando uma oportunidade para refletir sobre essa parte dolorosa da história.
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