Seul, Coreia do Sul, 17 de maio de 2024 – O exército sul-coreano informou que a Coreia do Norte lançou um míssil balístico em direção ao Mar do Japão na manhã desta sexta-feira (17), elevando as tensões na já instável Península Coreana.
Segundo o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, o míssil foi detectado pouco após seu lançamento e seguiu em direção ao leste, caindo no Mar do Japão. Autoridades militares sul-coreanas estão analisando os detalhes do lançamento, incluindo a altitude e a distância percorrida pelo míssil.
O Japão também confirmou o lançamento e afirmou que o míssil caiu fora de sua zona econômica exclusiva. O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, convocou uma reunião de emergência para discutir a situação e reforçar a vigilância e segurança do país.
O lançamento ocorre em um momento de crescente preocupação internacional sobre o programa de mísseis e armas nucleares da Coreia do Norte. A comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, condenou veementemente o lançamento, classificando-o como uma violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
“Este lançamento é um ato provocativo que ameaça a paz e a segurança na região,” disse um porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul. “Estamos monitorando a situação de perto e estamos preparados para responder a quaisquer ameaças adicionais.”
O Conselho de Segurança Nacional da Coreia do Sul também se reuniu para discutir possíveis respostas ao lançamento. O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, reafirmou a importância de uma aliança forte com os Estados Unidos e outros aliados para lidar com as ameaças norte-coreanas.
O lançamento de hoje segue uma série de testes de mísseis realizados pela Coreia do Norte nos últimos meses, que Pyongyang defende como medidas necessárias para fortalecer suas capacidades defensivas diante do que chama de “ameaças militares” dos Estados Unidos e seus aliados.
Especialistas em segurança internacional alertam que os contínuos testes de mísseis da Coreia do Norte não apenas desestabilizam a região, mas também aumentam o risco de erros de cálculo que poderiam levar a um conflito aberto.
Enquanto isso, a comunidade internacional continua a pressionar pela retomada das negociações de desnuclearização, que estão paralisadas desde a última cúpula entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, em 2019.
A situação na Península Coreana permanece tensa, com todos os olhos voltados para as próximas ações de Pyongyang e as respostas das nações vizinhas e da comunidade internacional.
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