Kumamoto, Japão – 25 de fevereiro de 2024 – A TSMC, maior fabricante mundial de chips por contrato, abriu sua primeira fábrica no Japão no último sábado (24). A planta está localizada na província sudoeste de Kumamoto. A atenção está voltada para saber se a chegada da empresa pode ajudar a reviver a indústria de semicondutores do Japão.
A TSMC operará a planta em uma joint venture denominada JASM, juntamente com parceiros como o gigante de eletrônicos Sony Group, o fabricante de peças automotivas Denso e a Toyota Motor.
A cerimônia de abertura contou com a presença de altos funcionários das empresas e do Ministro da Economia do Japão. Subsídios do governo japonês cobriram cerca de 40% do custo da planta.
Na cerimônia de sábado, o fundador da TSMC, Morris Chang, afirmou em seu discurso: “Venho à abertura da JASM hoje com orgulho e prazer”.
A produção começará ainda este ano. A empresa taiwanesa já anunciou que construirá uma segunda fábrica na mesma província.
A TSMC estima que o investimento total para ambas as plantas ultrapasse os 20 bilhões de dólares, enquanto o Japão revelou planos de investimento adicional de cerca de 4,8 bilhões de dólares para a segunda fábrica.
O Ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Saito Ken, declarou: “Os semicondutores são produtos estratégicos-chave para a competitividade industrial e a segurança econômica do Japão. Esta primeira inauguração de planta é extremamente significativa para fornecer uma peça que faltava no setor de semicondutores do Japão.”
A chegada da TSMC também impulsionou os investimentos de empresas domésticas relacionadas a chips. No entanto, analistas afirmam que a competitividade global da indústria de semicondutores do Japão, exceto por alguns fabricantes de equipamentos, tem declinado.
Há também escassez de engenheiros. Não está claro se a entrada da TSMC, juntamente com seus planos de expansão, será suficiente para abrir uma nova era para a indústria.
O governo japonês afirma que visa reconstruir a posição do país como um centro líder na fabricação de chips, para garantir um fornecimento estável de semicondutores em meio às crescentes tensões comerciais entre os EUA e a China.
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