Chuvas aumentam o risco de danos adicionais nas áreas atingidas pelo terremoto no Japão

Anamizu, Ishikawa, Japão – 07 de janeiro de 2024 – A situação nas áreas afetadas pelo terremoto massivo que atingiu o Japão na última segunda-feira (1), continua a desafiar os esforços de recuperação, com chuvas persistentes e tremores secundários contínuos complicando ainda mais a situação.

O governo local reporta que mais de 100 pessoas foram confirmadas mortas na Prefeitura de Ishikawa, uma das regiões mais impactadas. Autoridades alertam que um final de semana chuvoso só aumentará os perigos, especialmente na cidade de Anamizu, que já foi atingida pelo terremoto.

A previsão do tempo indica chuvas contínuas até domingo (7), em toda a região de Hokuriku e na Prefeitura de Niigata, ao longo da costa do Mar do Japão. As autoridades advertem que o solo está instável e mesmo uma pequena quantidade de chuva pode desencadear mais deslizamentos de terra.

Além disso, há a preocupação de que uma frente fria no domingo à tarde possa trazer neve até segunda-feira (8), especialmente em áreas montanhosas, agravando ainda mais as condições já precárias.

O terremoto de magnitude 7.6 no Ano Novo atingiu o máximo de 7 na escala de intensidade japonesa. Além dos mais de 100 mortos em Ishikawa, mais de 200 pessoas estão desaparecidas. Ruas e estradas bloqueadas dificultam o acesso aos sobreviventes, e o governo central envia suprimentos de socorro para áreas costeiras isoladas por via marítima, onde mais de 170 pessoas ainda estão isoladas.

O governo da prefeitura de Ishikawa estabeleceu uma base para transportar os suprimentos enviados de todo o país. Os centros de evacuação na região abrigam atualmente cerca de 31.000 pessoas, enquanto aproximadamente 66.000 residências ainda estão sem água.

A atividade sísmica severa na Península de Noto e áreas circundantes persiste, com um forte terremoto de magnitude 5.4 atingindo a Prefeitura de Ishikawa na manhã de sábado. As autoridades instam os residentes a permanecerem alerta, destacando a possibilidade de novos tremores, potencialmente tão intensos quanto o primeiro.