China justifica sua política em relação aos Uigures em novo relatório anti-terrorismo

Pequim, China – 24 de janeiro de 2024 – O governo chinês lançou nesta terça-feira um livro branco intitulado “Estrutura Legal e Medidas da China para o Combate ao Terrorismo”, buscando justificar suas políticas na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, alvo de críticas internacionais devido a alegações de violações dos direitos humanos.

O relatório afirma que a China, como vítima do terrorismo, enfrenta uma ameaça real há muito tempo, destacando os esforços anti-terrorismo realizados sob a liderança do Presidente Xi Jinping. Xinjiang é apontada como um ponto focal crucial para essas medidas, de acordo com o documento.

A região tem sido palco de protestos e ataques, enquanto críticos acusam Pequim de impor políticas religiosas opressivas aos muçulmanos Uigures. O governo chinês, no entanto, ressalta que seus esforços anti-terrorismo trouxeram segurança e estabilidade à região, citando um aumento de 100% na renda dos residentes na última década até 2022.

Países ocidentais têm criticado repetidamente a China por suas políticas em Xinjiang, alegando detenções em massa e reeducação ideológica sob o pretexto de medidas anti-terrorismo. O relatório, por sua vez, destaca a importância que a China atribui à educação e reabilitação das vítimas de ensinamentos extremistas, buscando protegê-las de impactos prejudiciais adicionais.

Além disso, o documento acusa alguns países de interferirem nos assuntos internos da China e de violarem sua soberania nacional sob o pretexto de defender o Estado de Direito e os direitos humanos. Alega que tais ações prejudicam severamente os esforços globais de combate ao terrorismo e minam as bases da cooperação internacional.

Analistas de Pequim afirmam que o relatório reflete a intenção das autoridades chinesas de defender suas atividades em Xinjiang como medidas anti-terrorismo legítimas, rejeitando ingerências estrangeiras no assunto. A publicação evidencia a postura de Pequim diante das críticas internacionais e busca esclarecer sua perspectiva sobre a situação na região autônoma Uigur.