Em visita a Kyiv, Filippo Grandi ressalta a importância do suporte global para os mais de 10 milhões de ucranianos que fugiram de suas casas devido à invasão russa, enquanto a crise entra no seu segundo ano.

Kyiv, Ucrânia – 28 de janeiro de 2024 – O Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi, enfatizou a urgência da continuidade do apoio internacional aos ucranianos deslocados pela invasão russa, durante uma entrevista à NHK nesta quarta-feira (24), durante sua visita a Kyiv. À medida que a invasão russa se aproxima do marco de dois anos em fevereiro, Grandi ressaltou a necessidade fundamental de sustentar os mais de 10 milhões de refugiados, representando cerca de um quarto da população ucraniana, que fugiram de suas casas, até janeiro deste ano.

A Agência da ONU para Refugiados (UN High Commissioner for Refugees – UNHCR) estima que aproximadamente 6,3 milhões desses deslocados encontraram refúgio no exterior, enquanto 3,7 milhões buscam abrigo dentro das fronteiras da Ucrânia. Grandi revelou que a agência não identificou um movimento significativo de pessoas retornando às suas residências, indicando a persistência da instabilidade na região.

“É imperativo que a comunidade internacional continue oferecendo suporte, não apenas para garantir necessidades básicas, mas também para ajudar os ucranianos a encontrar empregos e reconstruir suas casas”, declarou Grandi. A UNHCR já contribuiu para a reparação de mais de 27.500 residências na Ucrânia. No entanto, o Alto Comissário alertou que a Rússia continua a destruir outras edificações, agravando a crise habitacional.

Além disso, Grandi expressou preocupação com a diminuição do interesse global na situação ucraniana, especialmente em meio ao conflito na Faixa de Gaza. Ele observou que diversas crises mundiais estão exercendo pressão sobre a capacidade da comunidade internacional em fornecer assistência humanitária à Ucrânia.

O pedido do Chefe da UNHCR ressoa como um lembrete urgente da necessidade contínua de solidariedade global e suporte humanitário, enquanto os ucranianos enfrentam os desafios devastadores provocados pela prolongada crise resultante da invasão russa.