Península de Noto, Japão – 6 de janeiro de 2024 – Uma equipe de pesquisadores liderada pelo Professor Associado Gotou Hideaki, da Escola de Pós-Graduação da Universidade de Hiroshima, divulgou descobertas surpreendentes sobre o impacto geográfico do terremoto que atingiu a Península de Noto na última segunda-feira (1).
O estudo, que analisou as mudanças no solo causadas pelo terremoto de magnitude 7,6 e os efeitos das ondas de tsunami na província central japonesa de Ishikawa, revelou que a área da costa foi expandida em até 175 metros.
Utilizando principalmente fotos aéreas tiradas após o terremoto, a pesquisa abrangeu cerca de 50 quilômetros da costa da parte nordeste da Península de Noto.
Os resultados mostram que o terremoto elevou o solo ao longo de quase toda aquela área, expandindo a terra. A linha da costa foi deslocada mar adentro em 175 metros no distrito de Kawaura, na cidade de Suzu.
Os pesquisadores afirmam que, como resultado, a área terrestre aumentou em um total de 2,4 quilômetros quadrados. Em alguns portos da costa norte da península, a água do mar praticamente desapareceu.
Imagens de um satélite francês capturadas na terça-feira (2), também mostraram a ausência de água do mar em um porto no distrito de Ozawa, na cidade de Wajima. Gotou afirma que isso ocorreu devido ao levantamento do solo.
O líder da pesquisa destaca que é conhecido que terremotos maciços com elevação do solo atingiram essas áreas várias vezes em milhares de anos, e ele acredita que um tremor semelhante ocorreu desta vez.
Gotou também confirma que o tsunami invadiu o interior, atingindo uma altura de cerca de 3 metros no distrito de Horyu, na cidade de Suzu.
Ele observa que falhas ativas, que, segundo ele, causam danos muito extensos quando se movem, estão localizadas por todo o Japão. Gotou aconselha as pessoas a verificar se há alguma na vizinhança. Este estudo fornece insights valiosos sobre as complexas interações geológicas desencadeadas pelo recente terremoto na Península de Noto.
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