Tóquio, Japão – 20 de dezembro de 2023 – O Almirante Sakai Ryo, chefe das Forças de Autodefesa Marítima do Japão (Maritime Self-Defense Force – MSDF), afirmou nesta segunda-feira (18), que as Forças de Autodefesa do país não têm planos de se juntar a uma iniciativa de segurança multinacional liderada pelos Estados Unidos contra ataques a navios no Mar Vermelho. A declaração ocorreu logo após o anúncio dos EUA sobre a formação dessa iniciativa, que inclui o Reino Unido e outros países.
A medida dos EUA surge em resposta aos repetidos ataques a navios comerciais pelo grupo terrorista Houthi, do Iêmen, no Mar Vermelho.
Sakai destacou que a MSDF continuará com seu plano de ação contra a pirataria no Golfo de Aden e acrescentou que é improvável que a MSDF atue no Mar Vermelho.
Quanto ao risco de ataques dos Houthis, Sakai afirmou que os oficiais de defesa trocarão informações com os aliados e parceiros do Japão sobre as atividades e ameaças do grupo. Enfatizando a necessidade de uma decisão racional, ele acrescentou que os oficiais discutirão como a MSDF deve responder.
As atividades antipirataria da MSDF começaram em 2009 no Golfo de Aden, que se conecta ao Mar Vermelho por meio de um estreito. Atualmente, a MSDF mantém um destróier e aeronaves de patrulha na área.
Em novembro, o destroyer Akebono e um avião de patrulha P3C responderam ao sequestro de um petroleiro no Golfo de Aden. Eles se deslocaram para a região para coletar e repassar informações às forças armadas dos EUA e outros países.
Fontes da MSDF afirmaram que o Akebono se afastou rapidamente do local após receber informações de que mísseis balísticos haviam sido lançados, acredita-se que a cerca de 18 quilômetros da embarcação. O exército dos EUA afirmou que dois mísseis foram lançados de áreas controladas pelos Houthis no Iêmen.
Em uma entrevista à NHK em 30 de novembro, um porta-voz dos Houthis negou o envolvimento do grupo no lançamento dos mísseis.
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