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Tropas brasileiras na fronteira com a Venezuela geram preocupação em Pacaraima (RR)

Movimentação militar intensa alimenta teorias conspiratórias sobre a relação com possível incursão venezuelana na Guiana.

Pacaraima, Roraima, Brasil, 28 de novembro de 2023 – Nas últimas duas semanas, moradores do município de Pacaraima, localizado em Roraima, divulgaram vídeos que mostram uma movimentação incomum de tropas do Exército Brasileiro em direção à fronteira com a Venezuela. A situação tem gerado preocupação e alimentado teorias conspiratórias sobre uma possível relação com a iminência de uma incursão da ditadura venezuelana de Nicolás Maduro na Guiana, visando o território Essequibo, rico em petróleo e correspondente a 74% do país vizinho.

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Pacaraima, João Kleber Soares Borges, expressou seu espanto diante da falta de informação sobre a chegada de dezenas de veículos do Exército à cidade fronteiriça, incluindo dois tanques de guerra. Ele destacou a dualidade de sentimentos na população, ao se sentir tanto tranquila pela proteção reforçada na fronteira quanto preocupada com a falta de informações claras sobre a movimentação.

Procurada para esclarecimentos, a primeira Brigada de Infantaria de Selva informou que a ida do comboio à fronteira faz parte das atividades normais de um treinamento de tropa. O exercício em questão é o Adestramento Avançado da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, denominado “Operação Roraima 2023“. Segundo a explicação oficial, trata-se de uma prática comum para manter a prontidão e eficiência das forças militares.

A situação na região ganha ainda mais relevância diante do referendo que acontecerá em 3 de dezembro na Venezuela, no qual os venezuelanos decidirão se aceitam ou não anexar a região guianense à Venezuela. Essa área é rica em blocos de petróleo, com reservas que ultrapassam 10 bilhões de barris.

Na terça-feira (21), o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República do Brasil, Celso Amorim, viajou a Caracas para alertar o ditador Maduro sobre a campanha a favor da anexação. Embora sem pedir para não realizar a consulta popular, o Brasil expressa preocupações com a possível escalada da tensão, visto que Maduro já defendeu publicamente a invasão do território em disputa desde o século 19.

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, solicitou a interferência do homólogo brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, buscando dissuadir Maduro de suas intenções. Ali afirmou que seu país está em estado de preparação para um possível conflito, mas acredita que a tensão seja baseada na retórica venezuelana. Ele espera que o litígio seja resolvido pacificamente na Corte Internacional de Justiça (CIJ).

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SourceFolha BV

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