Trítio permanece abaixo do nível detectável nas águas da usina de Fukushima Daiichi

O Ministério do Meio Ambiente do Japão afirma que os níveis de trítio na água do mar ao largo da usina nuclear de Fukushima Daiichi, que está paralisada, permanecem abaixo dos níveis detectáveis.

O ministério divulgou na quarta-feira (15) os resultados de sua 11ª pesquisa semanal de amostras de água. Ele vem realizando as pesquisas desde que a Tokyo Electric Power Company começou a liberar água tratada e diluída da usina no oceano, em 24 de agosto.

Na última pesquisa, o ministério coletou amostras de 11 pontos das prefeituras de Fukushima, Miyagi e Ibaraki em 9 e 11 de novembro. Os locais incluem um próximo à saída de descarga de água e outro a cerca de 70 quilômetros de distância da usina.

O ministério disse que os estudos constataram que a concentração de trítio estava abaixo do nível mínimo detectável de 10 becquerels por litro em todos os pontos de coleta.

Nas 10 pesquisas anteriores, a concentração de trítio também estava abaixo desse nível. Os resultados da primeira pesquisa foram divulgados em 27 de agosto.

O ministério também anunciou análises mais detalhadas das amostras coletadas entre 5 e 15 de setembro em 26 pontos ao largo de Fukushima e em outras áreas. Ele disse que a concentração de trítio estava entre 0,052 e 0,32 becquerels por litro.

As autoridades disseram que confirmaram que a descarga não causou impactos prejudiciais aos seres humanos ou ao meio ambiente.

A usina de Fukushima Daiichi sofreu um derretimento triplo no terremoto e tsunami de 2011.

A água usada para resfriar o combustível derretido tem se misturado à chuva e às águas subterrâneas. A água acumulada está sendo tratada para remover a maioria das substâncias radioativas, mas ainda contém trítio.

Antes de liberar a água tratada no mar, o operador da usina a dilui para reduzir os níveis de trítio para cerca de um sétimo da diretriz da Organização Mundial da Saúde para água potável.