Hoje marca o terceiro aniversário da eleição geral em Myanmar, que desencadeou um golpe militar liderado pela junta. Apesar das promessas da junta de realizar uma “eleição justa” para transferir o poder a um governo civil, a data de uma nova eleição permanece incerta, já que as forças militares e pró-democracia ainda estão em confronto.
O Partido da Liga Nacional pela Democracia, ou National League for Democracy, or NLD – NLD, venceu a eleição nacional de 2020 de forma avassaladora, liderado por Aung San Suu Kyi.
No entanto, o golpe mergulhou o país em turbulência. A junta assumiu o poder após alegar irregularidades na disputa de 2020. Desde então, forças pró-democracia e grupos étnicos minoritários têm lutado contra a junta.
Um representante de um grupo de direitos humanos afirmou que será difícil para Myanmar realizar uma eleição geral enquanto os confrontos persistirem. Ko Bo Kyi, da Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos, disse que as pessoas não confiam nos militares porque os resultados da eleição de 2020 foram ignorados.
Inicialmente, a junta havia dito que realizaria uma eleição geral até agosto de 2023. No entanto, estendeu o estado de emergência por mais seis meses em agosto. A declaração de emergência deve ser suspensa para a realização de uma eleição. A mídia estatal do país citou o líder da junta, que afirmou ser muito cedo para realizar eleições.
Em março, a junta dissolveu o NLD e alguns outros partidos, ação vista como uma tentativa de permitir que os militares prolongassem seu domínio no poder.
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