Ministro da Defesa israelense diz que a operação militar no Hospital Al-Shifa continua

O ministro da Defesa de Israel disse que suas forças continuam a operação no Hospital Al-Shifa, na Faixa de Gaza.

Yoav Gallant falou na quinta-feira (16), na sede da divisão militar cujas tropas estão invadindo a maior instalação de saúde de Gaza desde o dia anterior.

Gallant descreveu o que ele chamou de “descobertas significativas” no hospital. Ele disse que suas forças estão continuando a operação no local “de forma precisa, seletiva, mas muito, muito determinada”.

Os militares israelenses disseram ter encontrado um posto de comando do Hamas e armas no hospital, mas observadores dizem que um vídeo divulgado por Israel não mostra nada que possa ser um centro de comando.

Um alto funcionário do Hamas rejeitou as afirmações de Israel em uma coletiva de imprensa no Líbano na quinta-feira (16).

Referindo-se ao vídeo de armas e munições que Israel diz estarem escondidas atrás de equipamentos de ressonância magnética no hospital, a autoridade disse que armazenar armas perto de tais dispositivos médicos não seria razoável. Ele alegou que as armas que Israel afirma ter encontrado foram, na verdade, trazidas e colocadas por soldados israelenses.

As autoridades de saúde de Gaza afirmam que as forças israelenses destruíram todos os carros do complexo Al-Shifa e se recusaram a permitir que a equipe médica e os pacientes deixassem o local.

As autoridades também afirmam que não há comida, água ou leite para as crianças e que a equipe médica, os pacientes e as pessoas deslocadas na instalação estão enfrentando a morte devido à falta de necessidades básicas.

A Al Jazeera informou que centenas de soldados israelenses invadiram vários departamentos do hospital, que foi alvo de fogo pesado. Acrescentou que os bulldozers israelenses destruíram a parte sul do complexo e avançaram para destruir outras seções.

O diretor do hospital disse à Al Jazeera que “há um genocídio sendo cometido no complexo contra pacientes e bebês prematuros”. Ele disse que as pessoas no hospital “estão esperando a morte lenta à luz do silêncio ensurdecedor árabe e internacional”.