No Paquistão, manifestantes se reuniram contra o plano do governo de deportar pessoas que, segundo ele, estão no país ilegalmente. Islamabad está pedindo a todos os imigrantes sem documentos, incluindo cerca de 1,7 milhão de afegãos, que deixem o país voluntariamente até 1º de novembro ou serão deportados.
Na cidade fronteiriça de Chaman, no sudoeste do país, dezenas de afegãos, juntamente com moradores locais, marcharam nas ruas, na quinta-feira (26). Eles entoaram palavras de ordem como “a nova política de deportação é inaceitável”.
O ministro do interior interino disse no mesmo dia que todos os imigrantes ilegais encontrados após o prazo seriam levados para centros de detenção antes de serem deportados. O governo vinculou as medidas às alegações de que os cidadãos afegãos estão por trás de um número crescente de atentados suicidas no país.
Somente no mês passado, o Talibã paquistanês alegou ter realizado mais de cem ataques no Paquistão. Islamabad afirma que os agressores estão baseados no Afeganistão, mas o Talibã afegão nega qualquer envolvimento.
O anúncio gerou temores entre centenas de milhares de pessoas que fugiram do Afeganistão depois que o Talibã tomou o poder em agosto de 2021.
As Nações Unidas pediram a Islamabad que se abstivesse de prosseguir com as deportações por causa da preocupação com as violações dos direitos humanos, caso eles sejam forçados a retornar.
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